Encontros com o Filósofo da Vida, da Esperança, da Autonomia, da Indignação: Paulo Freire
Amigas e Amigos da Trajetória da Filosofia da Educação, II Semestre de 2013
O grande objetivo da Educação é a mudança das relações estabelecidas entre todos nós como pessoas humanas que nascem da RELAÇÃO e só sobrevivem nela. A relação que nos cria e nos educa para a felicidade que é nosso direito é a relação para a VIDA, vale dizer, para toda a relação biótica, biogenética com todas as outras criaturas no mundo.
A educação é sempre auto-paidéia, isto é uma orientação para a comunidade e para a cultura. Ela não mata a individualidade e a singularidade de ninguém, por distração ou acaso, é preciso contudo viver na intencionalidade da cultura da nossa liberdade criadora em face de todos os outros seres, que se constituem como parte de nós. Se não for esta a direção que escolhemos para a nossa vida, e nos centramos exclusivamente para um relação em trono de nós mesmos, ela nos fará sofrer.
Todos desejamos afeto, reconhecimento, e quando isso é negado na relação, ela nos destrói, não apenas aquela pessoa em nós, mas nos destrói nela.
A Paidéia, termo grego que dá origem à PEDAgogia, é a arte de nos acalentar o desejo de viver com plenitude, em circunstâncias tensivas e conflitivas nas quais todos nós encontramos, buscando elos e reconhecimento de todos os demais.
Nessa manhã, discutíamos com alunos e alunas da manhã a importância do sentido a de vida, e da relação para todos nós.
E colocávamos a partir dos nossas escolhas profissionais, muitas vezes existe o desejo de nos auto-compreender que é legítimo.
Vimos, agora, para um tarefa que começaremos, mas não tem fim.
É que duas opções possíveis contrárias para o projeto de vida, aquele que a gente sonha viver a vida a partir do mundo do eu. E a partir deste eu, olha todos os desejos como se fossem “coisas” que nos pertençam. Esse amor, não está aberto para a felicidade. Nem legado à liberdade e à vida pois quer preender aquele(a) que pensamos amar dentro de nós, como se fora parte de si mesmo e que não poderá por isso ser roubada.
O amor primeiro eu chamei de ERÓTICO, aquele que deseja o outro porque ele é uma OUTRIDADE. Ele, ou ela, não é a cópia dos meus desejos, e essa diferença faz com que, possa dizer…
“Amo em você o que não sou, o que não posso ser, sozinho. Meu amor é em busca do novo, do que eu reconheço de belo e grandioso em você, e que gostaria que você me permitisse partilhar dele. ”
Ou outro amor é o amor narcísico ou narcisista. Ele diz assim: “Eu quero você todo para mim, porque o que tens de belo eu desejo, e por isso é meu, não lhe pertence. Amo em você o que eu mesmo sou em você. E, se você fugir da minha relação, você fere meu direito de pertença. Posso lhe matar para expressar meu desejo de posse. Você a coisa que me pertence.”
O amor narcisista, segundo Freud, é aquele que tem duas faces, e de uma paixão enlouquecida, se a pessoa desejada quiser escapar da prisão, pode ser vitimada. Na verdade, não se ama o outro, se ama a si mesmo; e, portanto, esta relação possessiva não se pode chamar de AMOR.
Foi xerocado o Album-Fotobiográfico de Paulo Freire Foi divido dois capítulos para cada grupo. Ficaram seis grupos.
Textos acessíveis de Paulo Freire