O Doutorando Edson Benedito Rondon envia-nos a divulgação da Cartilha com vistas a defender as v[itimas da Violência
Divulgando.
26/11/2012 12:35 – Portal Brasil
A cartilha permite ao cidadão entender os papéis de órgãos e autoridades que podem ajudar no combate à violência
Com o intuito de auxiliar os parentes e vítimas dos mais diversos tipos de violência, foi lançada em São Paulo, na última sexta-feira (23), a cartilha “Da Dor à Busca por Justiça – Orientações para Vítimas de Violência”, desenvolvida pelo Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), programa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo. A previsão é que seja entregue à população em locais de grande circulação de pessoas.
O objetivo da cartilha é ajudar os parentes das vítimas a aprenderem a lidar com a situação e até superarem o trauma da perda causada por violências como homicídio, latrocínio, ameaça, violência sexual, doméstica, desaparecimento, tráfico de pessoas e exploração do trabalho, diz coordenadora do Cravi, Cristiane Pereira.
O Cravi atende a cerca de 150 pessoas por mês na capital, além de 40 nas outras duas unidades do centro de referência (Santos e Campinas). Cristiane explicou que o principal objetivo do Cravi é ajudar o parente de vítima de violência a retomar à vida e à sua rotina normal, tendo um convívio minimamente normal, parecido com o que tinha antes da violência.
“Queremos evitar a revitimização, ou seja, a vivência daquela situação de violência novamente. Isso acontece quando a pessoa tem que ir a diversas instituições e cada vez contar a história novamente, sofrendo mais. Nossa ideia é encontrar a pessoa antes desse caminho todo para que ela consiga encontrar o lugar certo onde tem que buscar informação sem rodar por diversas instituições”, explicou Cristiane.
Cartilha
Na cartilha é possível encontrar orientações sobre o que se deve fazer quando se é vítima de ameaça, lesão corporal, homicídio e latrocínio. No material também há explicações sobre o papel de órgãos como o Instituto Médico Legal (IML) e informações sobre os papéis do juiz de direito, do promotor, do delegado, do psicólogo e do assistente social. Todos eles agentes que, normalmente, mantêm contato com as vítimas e seus familiares.
De acordo com Cristiane Pereira, muitos usuários do programa relatam dificuldades enfrentadas para obter informações após a morte de familiares. Na cartilha, é possível observar alguns desses depoimentos, todos anônimos: “Estava lutando sem nenhum apoio. Virei polícia, advogado, investigador, sem saber o primeiro passo que iria dar”, diz um deles.
A chegada de Maria Inês ao Cravi foi providencial para que ela conseguisse prosseguir e ter esperança de que o assassino de seu filho seja punido. “No Cravi eu fui acolhida, orientada, encaminhada para passar por médicos e hoje eu me sinto amparada. Um pouco da minha revolta transformou-se em força e eu luto pela justiça”. Maria Inês agora aguarda o andamento de um processo de adoção de uma menina, feito com o apoio jurídico do Cravi.
Confira o material completo aqui.
Cravi
O Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) tem como missão promover o reconhecimento e o acesso aos direitos das vítimas de violência, visando a consolidação dos direitos humanos e o exercício da cidadania. Os atendimentos são públicos e gratuitos à vítimas ou familiares que estão passando dificuldades em lidar com a violência.
Os atendimentos são realizados por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, assistentes sociais e defensores públicos.
O Cravi identifica problemas enfrentados pela vítima e a direciona para o tratamento no próprio centro ou nas instituições parceiras do programa. O Cravi possui salas de atendimento, uma biblioteca e um espaço exclusivo para a realização de oficinas abertas para o público sobre temas correlatos.
Os interessados em obter mais informações do centro de referencia devem entrar em contato por e-mail cravi@justica.sp.gov.br ou pelos telefones: (11) 2127-9522/ (11) 9523 – 3666-7778.