Até quando?
Cadê o Estado Brasileiro?
Homenagem à Resistência
Marçal de Souza Tupã-i (1920- 1983)Em 25 de novembro de 2008 fez 25 anos que marçal Tupã-i, a voz do trovão, guarani Nhandeva, foi assassinado, na aldeia Campestre, em Antônio João, no mato grosso do Sul. Cinco tiros à queima roupa lhe tiraram a vida, quando abriu a porta para atender uma voz insistente e suplicante que pedia medicamento para o pai doente. O atendente de saúde marçal acreditou e cumpriu o destino que ele mesmo previra alguns anos antes: “Eu sou uma pessoa marcada para morrer. Mas por uma causa justa a gente morre!”Foi membro da comitiva que entregou uma carta ao Papa João Paulo II em manaus, em 1980, e também representou a união das Nações Indígenas numa conferência da ONu, realizada em Boston em 1981. Sua atividade política motivou perseguição, prisões e ameaças de morte. Até hoje o processo sobre seu assassinato não foi encerrado. A arma do crime e o mandante foram identificados. O executor, foragido, foi absolvido. Houve recursos, a família de Marçal insistiu por muitos anos; mas essa é uma história sem fim.Dizia marçal, há mais de 25 anos: “Nós índios, que vivemos aqui é que sentimos a injustiça, a pobreza, a perseguição, a fome, porque a área que ocupamos não oferece mais condições para nossa sobrevivência…” (informações retirados de: Prezia, Benedito – Marçal Guarani: a voz que não pode ser esquecida. São Paulo: Expressão Popular, 2006)
MARÇAL I-TUPÃ GUARANI